Nesta terça-feira (3), uma operação policial resultou na prisão preventiva de dez pessoas em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, incluindo o prefeito da cidade, Clésio Salvaro. A ação faz parte de uma investigação sobre possíveis irregularidades na concessão de serviços funerários na região.
A administração municipal de Criciúma informou que não recebeu notificações oficiais sobre a operação. Em um vídeo publicado por sua equipe, o prefeito Salvaro negou qualquer envolvimento com atividades criminosas e sugeriu que as acusações podem ter motivações políticas. Salvaro está atualmente em seu segundo mandato e não pode concorrer à reeleição.
Além das prisões em Criciúma, outras detenções ocorreram em Jaraguá do Sul, São José e Florianópolis. A operação, nomeada “Operação Caronte”, é um desdobramento da investigação iniciada pela Operação “Mercadores da Morte” em 2023. Em 5 de agosto, a prefeitura de Criciúma também foi alvo de buscas.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), que conduz a investigação, os acusados na primeira fase do processo foram denunciados em 26 de agosto por diversos crimes, incluindo organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupção e crimes contra a ordem econômica. O grupo investigado inclui tanto empresários quanto agentes públicos.
Os detidos foram submetidos a exames de corpo de delito e foram encaminhados ao sistema prisional, onde aguardarão a audiência de custódia. A escolha do nome "Operação Caronte" para a ação faz referência ao barqueiro da mitologia grega que transportava almas dos recém-falecidos pelos rios que separavam o mundo dos vivos do mundo dos mortos.
Mín. 15° Máx. 21°