Ofertas de crédito com parcelas pequenas e juros supostamente baixos têm atraído milhares de consumidores em todo o país. Mas por trás do apelo comercial, muitas vezes, se escondem armadilhas financeiras que podem transformar uma solução em problema.
O que parece uma condição facilitada, na prática, pode esconder uma série de cobranças adicionais — como seguros, tarifas administrativas e encargos não obrigatórios — que elevam o custo final da dívida de forma silenciosa. O consumidor, sem perceber, assume um compromisso muito mais caro do que o inicialmente prometido.
Esses custos extras, muitas vezes incluídos sem o devido esclarecimento, fazem com que o chamado Custo Efetivo Total (CET) ultrapasse, em muito, os juros anunciados na propaganda. Especialistas alertam: quando o cliente descobre o valor real da operação, já pode ser tarde.
A falta de transparência, aliada à complexidade dos contratos, acaba por dificultar o entendimento. Segundo advogados especializados em direito do consumidor, esse cenário configura terreno fértil para práticas consideradas abusivas.
Por isso, a orientação é clara: antes de assinar qualquer contrato, exija o detalhamento completo do CET e questione todas as taxas cobradas. Caso identifique valores incoerentes ou não informados previamente, o ideal é buscar orientação jurídica e, se necessário, entrar com pedido de revisão contratual.
Transparência é direito do consumidor. E no mundo dos juros, informação pode ser sinônimo de economia — e proteção.
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